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As mudanças de temperatura do período podem causar problemas para filhotes e animais mais velhos

Editoria: Vininha F. Carvalho 02/08/2013

Nos dias mais frios os cuidados com os pets devem ser redobrados, afinal, o fato de eles serem cobertos de pelos não significa que estão naturalmente protegidos.

Como a estação no país não é marcada por baixas temperaturas e sim por um tempo seco com madrugadas frias e dias mais quentes, essa alternância passa a ser um grande problema principalmente para filhotes e animais mais velhos e isso requer alguns cuidados e intervenções.

Segundo o médico veterinário e diretor clínico do Grupo Pet Care de Hospitais Veterinários, Dr. Marcelo Quinzani, a maioria dos animais domésticos não sofre grandes transformações físicas para o período de outono e inverno, somente alguns.

“Raças como o Husky Siberiano, Bernese e São Bernardo possuem características físicas que os tornam mais resistentes ao frio. Têm uma maior camada de gordura sob a pele e subpelo mais denso, e por isso podem não sentir tanto as madrugadas mais frias”, afirma.


- Mas e as demais raças? Como tratar e cuidar nesse período. Confira algumas dicas:


- Ofereça abrigo:

Abrigar os animais em locais protegidos das variações do tempo como vento, chuva e sereno é o primeiro item da lista de cuidados que devem ser tomados durante os próximos meses. A recomendação vale para pets de todas as faixas etárias.

“Se o animal dorme em uma área externa da casa é preciso que ele tenha sua casa ou canil. Alguns cães, mesmo tendo onde se abrigar preferem dormir ao relento. Se este for o caso, é preciso prender o animal, principalmente em dias chuvosos”, alerta Dr. Marcelo.


- Filhote protegido:

Os recém-nascidos e com até dois meses de idade ainda não têm uma capacidade eficiente de manter a temperatura corpórea e perdem calor facilmente. Por isso, dependem de abrigo e da energia fornecida pela alimentação, que deve ser oferecida até quatro vezes ao dia.

“No frio, a necessidade de energia aumenta e os animais que não recebem condições adequadas de alimentação e aquecimento, podem acabar morrendo.

Atitudes como manter a ninhada em local protegido, confinar em ambientes pequenos e aquecidos, forrar com panos embaixo e dentro da casinha ou caminha onde os pequeninos dormem, é uma atitude simples que mantém o aquecimento”, comenta o veterinário.


- Cuidados especiais na terceira idade:

O médico veterinário do Pet Care afirma que os cães com idade avançada ou que sofrem com problemas osteoarticulares - artrose, calcificações na coluna e hérnia de disco – tendem a sentir mais dor nos dias frios. Estes, assim como os animais de pelagem curta devem ser agasalhados.

“É importante mantê-los aquecidos e as roupas podem ser grandes aliadas. Se o animal apresentar sintomas aparentes de dor, dificuldade de locomoção ou de se levantar pela manhã, agressividade e sensibilidade ao toque, o ideal é procurar um especialista para checar as possibilidades de medicação analgésica”, orienta Dr. Marcelo.


- Menos banhos e mais pelos:

A rotina de banhos e tosas também merece algumas modificações quando os termômetros estão nivelados por baixo. Aumentar o intervalo entre um banho e outro, escolher os locais protegidos e dias mais quentes para a limpeza, secar os animais com secadores e deixá-los com a pelagem mais comprida são atitudes que garantem o bem-estar dos bichos.

“Também é importante ter cuidados com o choque de temperaturas. Seja no banho em casa ou no pet shop, mantenha o animal em um lugar protegido durante pelo menos 20 minutos depois da seção de secador. Isso evita que o organismo do animal fique vulnerável a doenças respiratórias”, finaliza Dr. Marcelo.



Fonte: Dr. Marcelo Quinzani